T #  A  B  C  D  E  F  G  H  I   J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  X  Z  Y  W
   
T3 - TRIIODOTIRONINA


Material Biológico:
Soro.

Coleta:
1,0 ml de soro.

Exames Afins:
T4, T4L, TG, TSH.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas

Interpretação:

AUMENTO: hipertireoidismo, tireotoxicose por T3, hiper-TBG, tireotoxicose factícia (iatrogênica) por T3 ou T4, tireotoxicose + doença sistêmica, gravidez, contraceptivos orais, drogas: estrógenos.
Quando aumentado sozinho, pode ser devido a hipertireoidismo T3 puro ou adenoma de T3. Em crianças até 5 anos de idade, o T3 pode ultrapassar
até 30 % o valor normal máximo e de 5 a 10 anos, até 15 %.

DIMINUIÇÃO: fase tardia do hipotireoidismo primário, hipotireoidismo secundário, hipo-TBG, desnutrição, jejum prolongado, doenças crônicas graves, anorexia, drogas: amiodarona, andrógenos, propranolol, glicocorticóides, hidantoinatos, iodo, salicilatos.

 

T4 - TIROXINA

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
1,0 ml de soro.

Exames Afins:
T3, T4L, TSH, TG.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
AUMENTO: hipertireoidismo, hiper-TBG, tireotoxicose factícia (iatrogênica) por T4, tireotoxicose + doença sistêmica, sobrecargas de iodo, gravidez, obesidade, contraconceptivos orais. Drogas: amiodarona, estrógenos, propranolol, certos contrastes radiológicos, rifampicina, terbutalina, ácido valpróico, heparina.
DIMINUIÇÃO: hipotireoidismo, fase intermediária e tardia do hipotireoidismo primário, hipotireoidismo secundário, hipo-TBG, tireotoxicose por T3, carência de iodo, desnutrição grave, S. nefrótica, insuficiência hepática, doença sistêmica grave, déficit congênito ou iatrogênico de TBG (andrógenos, glicocorticóides, acromegalia, hipoproteinemia), catabolismo aumentado por indução enzimática (barbitúricos), deslocamento da T4 de suas proteínas transportadoras (salicilatos, antiinflamatórios não-esteróides, fenitoína), Drogas: propranolol, cimetidina, fenobarbital, propiltiouracil.

 

T4 LIVRE

Material Biológico:
Soro ou plasma com EDTA ou heparinizado.

Coleta:
1,0 ml de soro ou de plasma com EDTA ou heparinizado.

Exames Afins:
T3, T4, TSH.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
Teste sensível para avaliação da tireóide. Não sofre influência dos níveis de TBG, entretanto pode ocorrer absorção inespecífica do T4L a proteínas ou reagentes, causando resultados falsamente baixos.
AUMENTO: Hipertireoidismo, tireotoxicose factícia (iatrogênica) por T4, tireotoxicose + doença sistêmica, 1º trimestre de gravidez, jejum prolongado, anticoncepcionais, ácido valpróico, amiodarona, heparina, propranolol, levotiroxina, contrastes radiológicos.
DIMINUIÇÃO: Hipotireoidismo, fase intermediária e tardia do hipotireoidismo primário, hipotireoidismo secundário, tireotoxicose factícia (iatrogênica) por T3, hemodiálise, doença grave não tireoidiana, lítio, trimetoprim, sulfametoxazol, nitroprussiatos, salicilatos, fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico, rifampicina.

 

T4 NEONATAL 

Material Biológico:
Soro ou papel de filtro (teste do pezinho).
 
Coleta:
1,0 ml de soro ou gotas de sangue total em papel de filtro. Não sobrepor as gotas de sangue uma em cima da outra, mas sim, uma ao lado da outra. Coletar as amostras com mais de 2 a 6 dias de vida.

Exames Afins:
TSH Neonatal.

Preparo do Paciente:
Jejum não necessário. Após assepsia local com álcool 70ºGL, secar e proceder à punção do calcanhar com lanceta estéril, não penetrando mais de 2 mm. Limpar a primeira gota com algodão seco e depois coletar as demais gotas diretamente no papel de filtro, preenchendo totalmente os círculos. Deixar secar a amostra de pé, ao ar livre, durante ao menos 3 horas, à temperatura ambiente e ao abrigo da luz. Obs.: no caso de uma veia ter sido puncionada, gotas de sangue podem ser aplicadas diretamente da seringa no papel de filtro, não havendo necessidade de puncionar o calcanhar.

Interpretação:
Endocrinopatia causada por deficiência de tiroxina (T4) e de triiodotironina (T3) com freqüência de 1 caso para cada 4.000 nascimentos.
CAUSAS e QUADRO CLÍNICO: Ver em TSH Neonatal.

 

TEMPO DE COAGULAÇÃO

Material Biológico:
Sangue.

Coleta:
Sangue venoso sem anticoagulante.
No momento que o sangue começa a entrar na seringa descartável, acionar o cronômetro.
Transferir aproximadamente 1 a 2 ul de sangue para  um tubo capilar, não siliconizados. Colocar o tubo em banho-maria a +37ºC ou mantê-los no calor da mão (pode ser na mão do próprio paciente). Deixar os tubos imóveis por 3 min. Dado o 3º minuto, testar o tubo  deitando-o quase na horizontal para ver se o sangue escorre. Se escorrer, colocá-lo novamente de pé. Após 30 segundos, repetir o teste  e assim por diante, até que o sangue não escorra mais em determinado tubo e que se consiga invertê-lo completamente (de cabeça para baixo), sem que o coágulo saia. Parar o cronômetro e anotar o tempo decorrido com precisão de 30 segundos.

Exames Afins:
Coagulograma. TP. TTP. Fibrinogênio. Plaquetas.

Preparo do Paciente:
Jejum é desnecessário.

Interpretação:
O TC aumenta nas deficiências de fatores intrínsecos (deficiência de fator X, deficiência de fibrinogênio, etc.), na presença de anticoagulante.
Esse teste é precário, mas é tradicional e ainda muito utilizado em nosso meio. Apresenta resultados muito irregulares conforme o técnico executante e por ser de difícil padronização laboratorial, deve-se dar preferência a testes mais fidedignos.

 

TEMPO DE PROTROMBINA

Material Biológico:
Plasma citratado.

Coleta:
Sangue anticoagulado com citrato trissódico a 3,2 % (0,109 mol/l) na proporção de 9:1 (4,5:0,5) ou (3,15:0,35).

Exames Afins:
TS, TC, TTPA. Mutação G20210A do gene da protrombina.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Informar medicamentos usados nos últimos 10 dias.

Interpretação:
É utilizado na avaliação de alterações congênitas e adquiridas de fatores da via extrínseca da coagulação, no controle da anticoagulação e na triagem pré-operatória.

AUMENTO DO TEMPO: deficiência de fatores específicos a esse teste (VII, X, V, II), presença de inibidor, cirrose hepática, hepatites virais (A, B, C, D, E, G), hepatite auto-imune, alcoolismo, cirrose biliar primária, colangite esclerosante primária, coagulação intravascular disseminada, terapia anticoagulante (Warfarina, dicumarínicos), antibióticos, colestiramina, esteatorréia, deficiência dietética de vitamina K, hipertireoidismo.
Plasmacrito baixo (≤ 45 %) em conseqüência de hematócrito alto (≥ 55 %) causando excesso proporcional de citrato plasmático.
Excesso de citrato plasmático resultante de adição proporcionalmente insuficiente de sangue total.

 

TEMPO DE SANGRAMENTO

Material Biológico:
Sangue.

Coleta:
Método de Ivy e Mielke:
Ter à mão o cronômetro. Numa rápida sucessão, fazer uma incisão no dedo preparado, em ângulo reto com o eixo longitudinal do antebraço (para minimizar o tamanho da cicatriz) e acionar o cronômetro. A cada 30 segundos, absorver o sangue vertido da incisão, com papel de filtro, mas sem esfregar o corte. Parar o cronômetro quando o papel de filtro não apresentar mais nenhuma nova mancha de sangue. Fazer curativo com Band-aidâ ou similar. Contar o número de gotas ou manchas de sangue do papel de filtro e multiplicar por 30 segundos, obtendo assim, o tempo de sangramento com precisão de 30 segundos.
Método de Duke:
Desinfetar o lóbulo da orelha com álcool 70ºGL. Deixar secar e esperar que a região volte à sua temperatura normal. Com um estilete descartável, puncionar o lóbulo e acionar o cronômetro. A cada 30 segundos absorver a gota de sangue sem esfregar a incisão. Parar o cronômetro quando o papel de filtro não absorver mais nenhuma gotícula de sangue. Contar o número de gotas de sangue no papel de filtro e multiplicar por 30 segundos, obtendo assim, o tempo de sangramento com precisão de até 30 segundos. Limpar o lóbulo da orelha.

Exames Afins:
Coagulograma. TP. TTPA. Fibrinogênio. Plaquetas.
Fator VIII. Fator de Von Willebrand.

Preparo do Paciente:
Suspender drogas com efeito antiagregante de plaquetas durante 5 dias antes do teste.
Jejum desnecessário.

Interpretação:
Ivy e Mielke: um aumento do TS representa uma trombocitopenia de moderada a severa, uma função plaquetária anormal ou ambas. D. de Von Willebrand. Fragilidade capilar. Púrpura de Henoch-Schönlein.
S. de Bernard-Soulier. Tromboastenia de Glanzmann. Fibrinogenopatias. Insuficiência renal. Presença de PDF (Produtos de Degradação do Fibrinogênio). Paraproteinemia.
Duke: mesma interpretação.
Obs.: esse método é grosseiro, sofrendo muita variação nos resultados dependendo da técnica de quem o executa.

 

TEMPO DE TROMBINA

Material Biológico:
Plasma citratado.

Coleta:
Sangue anticoagulado com citrato trissódico a 3,2 % (0,109 mol/l) na proporção de 9:1 (4,5:0,5) ou (3,15:0,35).

Exames Afins:
Fibrinogênio. Tempo de reptilase (Bothrops atrox).

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.


Interpretação:
É um teste de triagem para deficiências de fibrinogênio e de inibidores da trombina, contaminação por heparina, PDFs alterados.

 

TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO

Material Biológico:
Plasma citratado.

Coleta:
Sangue anticoagulado com citrato trissódico a 3,2 % (0,109 mol/l) na proporção de 9:1 (4,5:0,5) ou (3,15:0,35).

Exames Afins:
Fibrinogênio, TT, TP, PDF, Prova do Laço.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.


Interpretação:
Avaliação pré-operatória ou tratamento de prevenção de tromboembolismo arterial ou venoso.
Diagnóstico de coagulopatias (hemofilia A e B). Avaliação da via intrínseca da coagulação. Inibidores da coagulação. Monitoramento de heparinoterapia.

AUMENTO DO TEMPO: heparinoterapia, anticoagulante lúpico, deficiência de fator VIII (hemofilia A), deficiência de fator IX (hemofilia B,
D. de Christmas), deficiência do fator de von Willebrand, deficiência de fator XI, deficiência de fator XII (fator de Hageman), deficiência de vitamina K, hepatopatia com prejuízo da síntese protéica,
S. nefrótica, disproteinemias, D. de Gaucher.

 

TESTOSTERONA LIVRE

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
0,5 ml de soro. 
Informar sexo, idade, DUM e mês de gestação.

Exames Afins:
Testosterona, Cortisol, LH, FSH, SHBG, Sulfato de Deidroepiandrosterona, Androstenediona.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
Utilizado no diagnóstico de hipogonadismo no sexo masculino e de hirsutismo no sexo feminino.
AUMENTO: ovários policísticos (S. de Stein-Leventhal), hipertecose, D. de Cushing, hiperplasia adrenal congênita, resistência andrógena, hirsutismo, acne, alopecia, sementerapia.
Fisiologicamente: gravidez, exercício, pós-prandial, após refeições ricas em gorduras, obesidade feminina, hemoconcentração, hiperatividade sexual feminina com prolongado contato com sêmen. DIMINUIÇÃO: hipogonadismo, deficiência enzimática de P-450(c17)ase.

 

TESTOSTERONA TOTAL

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
1,0 ml de soro. Informar sexo, idade, DUM e mês de gestação, se for o caso.

Exames Afins:
LH, FSH, SDHEA, Androstenediona.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
No sexo masculino é indicado na pesquisa do desenvolvimento da puberdade e no hipogonadismo. No sexo feminino tem indicação em casos de hirsutismo e de virilização.
A testosterona sofre grandes variações circadianas. Duplica seu valor próximo à ovulação. De um dia para outro pode variar 10 a 20 %
AUMENTO: puberdade precoce masculina, resistência andrógena, testotoxicose, hiperplasia adrenal congênita, ovários policísticos (S. de Stein-Leventhal), tumores ovarianos.
Fisiologicamente: gravidez, exercício, pós-prandial, após refeições ricas em gorduras, obesidade feminina e hemoconcentração.
DIMINUIÇÃO: puberdade tardia masculina, deficiência de gonadotropina, anormalidades testiculares congênitas ou adquiridas, vasectomia, moléstias sistêmicas.
Fisiologicamente: estresse, doenças agudas, imobilizações, exercício exaustivo, obesidade masculina, alcoolismo e cegueira.

 

TIREOGLOBULINA

Material Biológico:
Soro ou plasma heparinizado.

Coleta:
1,0 ml de soro ou de plasma heparinizado.

Exames Afins:
T3, T4, TSH.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
A concentração elevada de TG sérica é um indicador não-específico de disfunção tireóidea. A maioria dos pacientes com TG alta sofrem de tireopatias benignas. A TG pode ser utilizada como marcador tumoral para câncer diferenciado (carcinomas) da tireóide (CDT). Aproximadamente 2/3 desses pacientes apresentam um nível de TG pré-operatório elevado, o que confirma a habilidade do tumor de secretá-la e o que valida o uso de sua medição como marcador tumoral no pós-operatório de tireoidectomia. Em contrapartida, se no pré-operatório a TG não está elevada, não há nenhuma evidência de que o tumor seja capaz de secretá-la e taxas baixas de TG pós-operatórias não têm significado nenhum.
Durante um monitoramento seriado da tireoglobulina, para fins de comparação, ela deve ser determinada sempre pelo mesmo método, mesmo reagente e mesmo equipamento.
Na interpretação deste teste é preciso levar em conta a possibilidade de anticorpos anti-tireoglobulina estarem ligados à tireoglobulina causando dosagens mais baixas desta última. Verificar esta possibilidade pelo Índice de Recuperação.
AUMENTO: D. Basedow-Graves, bócio multinodular, bócio endêmico, carcinomas papilar e folicular da tireóide, tireoidites, D. de Hashimoto, hipertireoidismo TSH-dependente, gravidez, após citopunção (PAAF) da tireóide, após forte palpação ou traumatismo da glândula.
DIMINUIÇÃO: tireoidectomia parcial, aplasia tireóidea, defeito de síntese da tireoglobulina, hormonoterapia tireóidea exógena.
INDETECTÁVEL: tireoidectomia radical.

 

TOXOPLASMOSE IgG

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
2,0 ml de soro.

Exames Afins:
Sorologia para Citomegalovírus e Epstein-Barr.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
Diagnóstico e acompanhamento de paciente com toxoplasmose. A presença de IgG indica imunidade ou exposição prévia ao Toxoplasma gondii e persiste por toda a vida na maioria das pessoas

 

TOXOPLASMOSE IgM

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
2,0 ml de soro.

Exames Afins:
Sorologia para Citomegalovírus e Epstein-Barr.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
Útil no diagnóstico da toxoplasmose aguda ou recente. A presença de anticorpos de classe IgM anti-Toxoplasma gondii é sugestiva de doença aguda ou recente.
Toxoplasmose também é chamada de “Doença da caixa de areia”.
Obs.: a alta sensibilidade do método ELISA faz com que sejam detectados títulos ínfimos de IgM causando, após a fase aguda, resultados "Reagentes" durante muito mais tempo (às vezes, até 6 anos) do que se está habituado com outros métodos.
Em casos de títulos baixos de IgM pode-se avaliar se correspondem a título inicial de fase aguda ou a título residual de infestação pregressa (antiga) determinando-se a avidez das IgG.

 

TOXOPLASMOSE, AVIDEZ DE IgG

Material Biológico:
Soro ou plasma.

Coleta:
1,0 ml de soro ou plasma.

Exames Afins:
Toxoplasmose IgG, toxoplasmose IgM, toxoplasmose PCR.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
A medida da avidez de IgG é útil na determinação do tempo de infestação durante a gravidez para nortear o tratamento preventivo da toxoplasmose congênita.
Baixa avidez = infestação com menos de 3 meses   
enquanto que
Alta avidez   = infestação com mais de 3 meses.

 

TRANSAMINASE GLUTÂMICO OXALACÉTICA-TGO

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
1,0 ml de soro.

Exames Afins:
TGP, CPK, Bilirrubinas, DHL, γ-GT.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
AUMENTO: recém-nascidos, infarto do miocárdio, infarto mesentérico, infarto cerebral, necrose de músculos esqueléticos, necrose renal, infarto pulmonar, hepatite aguda, mononucleose infecciosa, infiltração hepática por linfoma e leucemia, icterícia obstrutiva com colangite, cirrose hepática, hepatomas, pancreatite aguda, hemólise, tuberculose hematogênica, choque, distrofia muscular pseudo-hipertrófica, dermatomiosite.
DIMINUIÇÃO: má nutricão, deficiência de piridoxina (vitamina B6), contraceptivos orais, falência renal com hemodiálise.

 

TRANSAMINASE GLUTÂMICO PIRÚVICA-TGP 

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
1,0 ml de soro.

Exames Afins:
TGO, Bilirrubinas, γ-GT, DHL.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
AUMENTO: hepatite aguda, cirrose hepática, hepatoma secundário, icterícia obstrutiva, congestão hepática, infarto do miocárdio, pancreatite aguda.
DIMINUIÇÃO: má nutrição, deficiência de piridoxina (vitamina B6), contraceptivos orais, falência renal com hemodiálise.

 

TRANSFERRINA 

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
2,0 ml de soro.

Exames Afins:
Ferro, Ferritina, IgA,
Índice de saturação da transferrina (TIBC).
Relação IgA/Transferrina.

Interpretação:
Útil na avaliação do metabolismo do ferro e do estado nutricional protéico.
AUMENTO: 3º trimestre da gravidez, contraceptivos orais, hemorragias, carência marcial, anemias hipocrômicas e microcíticas, policitemia, hepatite aguda.
DIMINUIÇÃO: anemia perniciosa, talassemia, anemia falciforme, hemocromatose idiopática ou secundária (pós-transfusionais, cirrose), processos inflamatórios, infecções crônicas, câncer, S. nefrótica, carência protéica, insuficiência hepática.

 

TRICLOROCOMPOSTOS

Material Biológico:
Urina.

Coleta:
Ácido tricloroacético ou tetracloroetileno (percloroetileno):
Alíquota de 20 ml de urina de início de jornada de trabalho do último dia da semana.

Tricloroetano e/ou tricloroetileno:
Alíquota de 20 ml de urina de final de jornada de trabalho do último dia da semana.

Preparo do Paciente:
Não ingerir bebidas alcoólicas por pelo menos 48 horas antes da coleta.


Interpretação:
Este indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do Limite de Tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94).

 

TRIGLICÉRIDES

Material Biológico:
Soro ou plasma heparinizado.

Coleta:
1,0 ml de soro ou de plasma heparinizado.

Exames Afins:
Glicemia, Colesterol, Lipidograma, Ácidos graxos livres.

Preparo do Paciente:
Jejum de 12 a 14 horas. O paciente deve estar com dieta habitual e peso corporal estável nas duas semanas precedentes à coleta. Uma diminuição de peso, paradoxalmente, pode aumentar a trigliceridemia.
Não deve realizar exercícios físicos vigorosos nas 24 horas que a antecedem e deve evitar ingestão de bebidas alcoólicas 3 dias antes.
Se for fumante, não modificar o hábito.

Preparo para crianças (jejum mínimo necessário):
Até 1 ano : 3 horas
>1  a 6 anos : 6 horas
> 6 anos : 12 horas

Interpretação:
AUMENTO: hipotireoidismo, diabetes mellitus,
S. nefrótica, alcoolismo crônico (esteatose hepática), obstrução do trato biliar, estresse, deficiência familiar de lipase lipoprotéica, gota, disbetalipoproteinemia familiar, hiperlipidemia familiar combinada, obesidade, hepatite viral, cirrose, pancreatite, insuficiência renal crônica, gravidez, distúrbios de depósito de glicogênio tipos I, III e IV, anorexia nervosa, excessos dietéticos, fase inicial de emagrecimento por regime de restrição calórica.

DIMINUIÇÃO: D. de Tangier (deficiência de alfa-lipoproteínas), hipo e abetalipoproteinemia, má nutrição, má absorção, hepatopatia parenquimatosa, hipertireoidismo, linfangiectasia intestinal, dieta sem gorduras.

 

TSH - HORMÔNIO TIREO-ESTIMULANTE

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
1,0 ml de soro.

Exames Afins:
T3, T4, T4 Livre, Teste com TRH para TSH.

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas.

Interpretação:
AUMENTO: hipotireoidismo primário, reserva tireoidiana diminuída, hipertireoidismo TSH-dependente, resistência a hormônios tireóideos.
DIMINUIÇÃO: hipertireoidismo, tireotoxicose por T3, hipotireoidismo secundário, tireotoxicose factícia (iatrogênica) por T3 ou T4, tireotoxicose + doença sistêmica, D. de Graves, secreção autônoma de hormônios tireóideos, deficiência de TSH.

 

TSH NEONATAL

Material Biológico:
Papel de filtro (teste do pezinho).

Coleta:
Gotas de sangue total em papel de filtro. Não sobrepor as gotas de sangue uma em cima da outra, mas sim, uma ao lado da outra.
Coletar as amostras com mais de 2 a 6 dias de vida.

Exames Afins:
T4 Neonatal. T4. TSH.

Preparo do Paciente:
Jejum não necessário. Após assepsia local com álcool 70ºGL, secar e proceder à punção do calcanhar com lanceta estéril, não penetrando mais de 2 mm. Limpar a primeira gota com algodão seco e depois coletar as demais gotas diretamente no papel de filtro. Deixar secar a amostra de pé, ao ar livre, durante ao menos 3 horas à temperatura ambiente e ao abrigo da luz.
Obs.: no caso de uma veia ter sido puncionada, gotas de sangue podem ser aplicadas diretamente da seringa no papel de filtro, não havendo necessidade de puncionar o calcanhar.

Interpretação:
Endocrinopatia causada por deficiência de tiroxina (T4) e de triiodotironina (T3) com freqüência de 1 caso para cada 4.000 nascimentos.
CAUSAS: Disgenesia da tireóide: atireose, hipoplasia ou ectopia. Dishormogênese familiar. Hipotireoidismo tipo central: deficiência hipotalâmica/pituitária de TSH, TSH anormal. Hipotireoidismo congênito "transitório": anticorpos bloqueadores de receptores de TSH, tratamento materno de hipertireoidismo, hipotiroxinemia transitória, hipertireotropinemia transitória. S. de resistência aos hormônios tireoidianos.
QUADRO CLÍNICO: pós-maturidade (>42 semanas), peso >4 kg, hipotermia, pele fria, edema periférico, distensão abdominal, fontanela com diâmetro >5 cm, má alimentação, icterícia do recém-nascido prolongada (>3 dias).
Macroglossia, cianose, dispnéia, letargia, atividade diminuída, constipação, hérnia umbilical, hipotonia, pele seca e amarelada, rouquidão, mixedema.